segunda-feira, 1 de setembro de 2008

São eles que escrevem muito ou eu que tenho preguiça?

Não sei o que deu aos meus autores favoritos para começarem a escrever calhamaços como se tivessem todos perdido o poder de síntese! Foi preciso alguma coragem para me aventurar com o "Sangue dos Inocentes" da Júlia Navarro de que gostei muito... O "Estado de Pânico" do Michael Crigthon esperou mais de um ano na prateleira e foi até emprestado antes de conseguir a coragem necessária para o ataque das suas 700 páginas! Agora espera-me "A sétima Porta" do Richard Zimler, com uma dedicatória assinada pelo próprio. Este último já viajou até ao Porto, onde passou uma temporada na estante da Clorinda que o devolveu intacto, comprovando assim que esta preguiça, ou respeito pelo número elevado de páginas, está presente em mais membros da família. Este facto seria igualmente comprovado numa curta conversa com o A. para quem tudo o que tenha mais de 100 páginas é demasiado grosso!

Mas, voltando à conversa, enquanto ganho coragem para as "listas telefónicas" vou lendo outros de menor monta - em número de páginas entenda-se! Foi assim que li "Notícias de um sequestro" de Gabriel García Marquez, de que não gostei particularmente... Muito descritivo, muitos dias de cativeiro. Claro que o livro se baseia em factos reais e por isso o autor não pôde dar azo à imaginação e escrever histórias fantásticas como tão bem sabe!

Sábado, na FNAC, dei por mim a procurar livros de Oscar Wilde. Quase aos 40 anos nunca tinha lido nada dele que não fossem meras citações. Encontrei, e resolvi trazer, "O retrato de Dorian Gray", que vim a saber depois ter sido o único romance que escreveu.

Quando ia pagar, o empregado pergunta-me:

Emp.- Ainda não leu?
Eu- Não.
Emp. - Acabei de o ler há uns dois meses... muito bom!
Eu. - Vou ler agora
Emp.- Quer ver? - Diz ao ver aproximar uma colega - O que achas deste livro?
Ela.- Muito bom mesmo. Ninguém fica indiferente a este livro... Há mesmo o antes e o depois de o ler!
Emp.- Está a ver... o livro que li era dela, foi ela que mo aconselhou e emprestou!

Bom, com esta conversa de vendedor aumentaram as minhas expectativas e o livro passou à frente da "Sétima Porta"... sem entrar.

Por hoje chega de falar de livros... até porque pode dar má fama a um blogue que ninguém lê que, por definição, só poderá interessar a pessoas que gostem de não ler!


PS. Não posso falar da Sétima Porta por ainda não ter lido, mas se não conhece o autor, aconselho a ler qualquer um dele e em particular "À procura de Sana"
PS2. Este blogue vai passar a ser escrito apenas em notas "PS"
PS3. O último parágrafo é apenas uma provocação... estou à espera que encham a caixa dos comentários com frases do tipo: Isso não é verdade eu apenas não gosto de ler este blogue!
PS4. Só publicarei os comentários, referidos no PS anterior, se não forem muito duros para a gerência cá da chafarica pelo que não se admirem se o contador de comentários continuar a zero!

3 comentários:

CCF disse...

Eu li a sétima porta!:) Mas como era tão grande, foi o único que consegu ler. Mais díficil que os outros, mas gostei muito, como sempre. Beijos
~CC~

Anónimo disse...

«O Amor nos tempos de cólera» de GGM é, na minha opinião, a melhor obra de GGM.
Não obstante as suas quase 400 páginas, é uma obra sublime e absolutamente absorvente, quer pela nobreza da escrita - GGM é um génio ímpar da literatura -, quer pela beleza do romance.

E o filme? Impossível ficar indiferente.

João Torres disse...

Olá ~CC~, mulher de coragem é o que tu és!


Anónimo...

400? Bom, um dia tento esse!