domingo, 10 de agosto de 2008

Estado de pânico

Confesso que é um dos meus autores preferidos. Parece-me, no entanto, que se esticou um pouco no desenvolvimento do tema. As quase 700 páginas do livro fizeram com que esperasse quase um ano na minha prateleira. O advogado e as amigas são corajosos e mais que uma vez arriscam as vidas para salvar as de outros, mas... Michael, não haveria outras pessoas mais bem treinadas para o fazer? Bem sei que o Rambo está a ficar velho e que contaram com a ajuda do Dr. Krenner, mas não se tratava aqui, como no parque Jurássico por exemplo, de salvar as próprias vidas...Quando se trata de dar a volta ao mundo para enfrentar eco-terroristas não seria melhor pedir uma ajudinha e contar com o apoio de pessoal especializado com treino militar?

O livro reflecte uma série de dúvidas quanto a tudo o que está por detrás da luta pela defesa do ambiente. Fala-nos da necessidade de nos manter em constante estado de pânico. Como sempre, o autor documenta-se e deixa-nos uma série de referências para nos ajudar a pensar. As ideias são discutíveis, mas fazem sentido e são interessantes.

Como ele, também eu tenho apenas uma certeza:

"Tenho a certeza de que há demasiadas certezas no mundo" (p686 ed. D. Quixote)

Se não tiverem nada melhor à mão e o tema interessar leiam... Mas, o autor, que dizem ser um dos mais lidos do mundo e que criou um novo estilo denominado "techno-thriller", já deu provas de que consegue fazer bem melhor.

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