quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Tecnologias no tribunal e na escola

Hoje estive num tribunal, no litoral alentejano, para assistir a uma audiência em que era parte interessada. O assunto pouco interessa, assim como também não interessa o motivo pelo qual a audiência acabou por não se realizar. Do que queria aqui falar era das testemunhas ouvidas por vídeo-conferência. Bem sei que não será novidade para muitos mas para mim, pouco habituado a pisar tribunais, foi uma surpresa saber que todas as testemunhas que residem longe do tribunal são convocadas para serem ouvidas por vídeo-conferência tendo apenas que se deslocar ao tribunal da sua área de residência. Não é a testemunha que pede, ou melhor... apenas terá que informar o tribunal no caso de preferir ser ouvida presencialmente. Mas, a primeira opção é a utilização da tecnologia.

Não pude deixar de pensar na utilização da tecnologia na educação. Pensei num artigo que li recentemente onde criticavam a introdução de tecnologias na escola e o fascínio que, alegadamente, alguns professores sentem pela sua utilização pensando, segundo o autor, que as tecnologias resolvem todos os problemas da educação. Felizmente não estou nesse grupo, mas também não estou no grupo daqueles que culpam as calculadoras pela falta de capacidades de cálculo mental dos alunos. As tecnologias não vão certamente resolver os problemas da educação, como também não vão resolver os problemas dos tribunais, mas acredito que vão continuar entrar nas escolas como entram nos tribunais, nos supermercados, nos hospitais e nas universidades.

Será necessário pensar, e temos ainda um longo caminho a percorrer, na melhor maneira de as utilizar, mas serão os professores que melhor as conheçam e dominem que estarão em posição para decidir quando dar uma aula com sólidos imaginários ou quadros interactivos...

1 comentário:

Cristina Gomes da Silva disse...

Do que eu gosto mesmo é do azul cobalto das pegas da tesoura.