sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O teu dia


Cruzei-me com ela sem a ver. Demorei tempo a reparar nela ou demorámos. E não consigo saber o momento em que o olhar se demorou nesse anteceder da amizade. Lembro-me que a cumplicidade foi chegando devagar, como se fora uma planta que só ao fim de algum tempo nos traz a flor.

Dizer da sua singularidade implica dizer o modo como ama as palavras, se demora a olhar o que é belo, se emociona com as filhas e enche o seu coração de música. Implica falar de uma mulher numa busca incessante de si própria. Dizer da sua singularidade implica afirmar que tem o seu modo próprio de gostar das pessoas e de se agarrar a elas, mesmo quando se imagina lisa de amarras. Implica dizer que está no lugar certo, próxima na sinceridade com que se tecem os verdadeiros amigos, está lá a dizer-nos as suas verdades que agradecemos mesmo quando não são as nossas verdades. Está lá também no esboço dos horizontes e dos sonhos. Companheira de Blogue mas muito mais que isso, companheira destes últimos anos, difíceis anos sem dúvida. Desejo que possa saborear perto dela por muito e muito mais tempo o maravilhoso gelado de baunilha que tão bem sabe fazer. É bom estar perto.

Parabéns companheira.
~CC~

5 comentários:

Cristina Gomes da Silva disse...

E agora? O que é que eu faço? O que é que eu digo? Acho que nada. Só posso sentir e voltar muitas vezes para saborear cada uma das palavras que escreveste. Um girassol, um ramo de rosas, muito amor. É só disto que eu preciso. Não é muito, mas é tanto. Vem depressa para que os abracinhos deixem de ser virtuais.:))))

j disse...

Muitos parabéns, vizinha. Não sabia que era dia de festa. Espero que seja cumprido com tudo aquilo de que os sonhos são feitos. :)

Cristina Gomes da Silva disse...

Obrigada vizinho Jota. Quando tinha 15 anos "comuniquei" lá em casa que não queria mais festas de anos. Agosto é um mau mês por causa das férias, não está ninguém, ou ninguém de quem nós queremos. Mas não era só por isso, aquelas festas de aniversário, eram sempre pesadas, de circunstância, sem o principal ingrediente que faz uma festa: a alegria. Desde então, para mim a festa é a da vida, da partilha de olhares quentes e de palavras que vão soltando carinho, o carinho que há nos corações de quem as escreve. Assim, com doçura, sem fazer alarde. Até breve :)

Karol disse...

Ora então ficámos assim a saber o dia do seu aniversário! De facto se repararmos bem, todos os dias deveriam ser dias de festa... Porque será que só comemoramos os anos? Se estamos vivos mais um ano, é porque vivemos mais uns quantos meses, uns quantos dias... umas quantas horas... Acho que nos podiamos de facto lembrar de festejar todos os dias por estarmos vivos, por podermos dar mais um passo, subir mais um degrau nesta vida... Enfim... Mas as tradições são o que são e sendo assim, espero que tenha passado um dia feliz e alegre, junto das suas pequerruchas lindas e de quem mais gosta! Um abraço forte e até breve! ;)

Cristina Gomes da Silva disse...

Olá Diana, obrigada e até Setembro.