quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Harmonia

A Clo disse que me enviaria um poema de Miguel Torga, hoje dia 17 de Janeiro. Disse-o ainda antes de ter a sua casa virtual onde, agora, também o poderia ter publicado.

Só quando li percebi porquê.
Obrigado.

Harmonia


Feliz canto das aves,
Sem possível
Compreensão;
Feliz rumo dos astros,
Sem possível
Desvio;
Feliz fúria do vento,
Sem possível
Arrependimento.

E feliz o poeta que
Que ninguém lê.
Que sozinho contempla
O nascimento e a morte
Dos seus versos.
Pai acabado que no próprio corpo
Gera os filhos
E lhes dá ternura
Do berço à sepultura.

Miguel Torga

Poesia Volume.III - Biblioteca Miguel Torga - Planeta Agostini

8 comentários:

Nenúfar Cor-de-Rosa disse...

Tenho vindo cá sempre a correr!! Mas tenho reparado nos textos belos que foram escritos acerca daquela imagem dos patos. Prometo que venho cá com mais calma e leio tudinho e oiço e estou...com calma, porque o teu blogue que TODA A GENTE LÊ vale cada vez mais a pena! Até Já!

Anónimo disse...

Belíssimo este poema de Torga ....
Mas onde para a Clo, será que posso saber? Gostava....
um abraço

clorinda disse...

Jv esqueci-me de mencionar que este poema faz parte do livro Poesia Volume.III
Biblioteca Miguel Torga
Planeta Agostini
clo

Anónimo disse...

bom...eu leio....

todos os dias.


raios?????!!!!

eu sou. alguém...:)

prontoS.

disse.

Feliz o rumo deste blog.


abraço.


("tava a brincar")


piano

Anónimo disse...

que raios me fulminem se eu entendo, tudo isto.... tenho de dormir uma semana e arranjar vários nomes, siglas, cognomes... e escrever o meu romance... que começa mal...
abraço
profanus

João Torres disse...

Olá Profano,

Não se enerve... O que não entende? Esperemos que o romance, pelo menos, acabe bem! :-)

Um abraço
João

Anónimo disse...

Eu tb leio... e gosto! (",)

João Torres disse...

Obrigado Daniela,

Volte sempre.

Abraço
João