quinta-feira, 6 de setembro de 2007

O jantar

Decorreu sem cerimónias. Como se se tratasse, de facto, de um grupo de velhos e bons amigos. Um traço distintivo, no entanto, era uma amizade sem zangas, nem amuos e, talvez por isso, mais improvável.

Qual era, pois, o traço de união? Algumas afinidades - a música, o cinema, o teatro, a literatura, as viagens, alguns espaços. Como se fossem elas a eleger-nos, a escolher-nos, e não o contrário. Pontos de proximidade encontrados num mapa comummente traçado sem sabermos. Em diferido, em separado, sem intenção. Seguramente, também é destes "acasos" que se tece uma cultura.

Mas a afinidade maior, julgo, a vontade de descoberta do outro, dos outros. Essa aventura essencial, primordialmente humana.

Feliz descoberta, pois. Sem peso nem história, ou, talvez, com uma história por fazer. Uma afinidade só feita de um encontro de vontades.

Feliz descoberta que nos foi trazendo, a pouco e pouco, com pequenos passos, aquele "calorzinho" ameno e certo das coisas simples da vida, mesmo se vindas de gente complexa, de personalidades ricas, nas suas trajectórias, nas suas contradições, nas suas escolhas. Tão humanas, afinal.

Foi bom, pois. À suivre.

7 comentários:

CCF disse...

"Calorzinho" parece-me bem!
~CC~

Cristina Gomes da Silva disse...

:)

PB disse...

RE-Olá ;-) bjs

Cristina Gomes da Silva disse...

RE-olá PB, bjs para ti e para a P. Espero que tenha recuperado do que para ela deve ter sido uma seca e que tenha conseguido levar o "barquito" a bom porto.

JPN disse...

está feito o relato. falta a imagem dos rabiscos. um dia destes completo o post no respirar. :)

Cristina Gomes da Silva disse...

Bom dia JPN, esperemos então, por esses rabiscos, podes fazer uma coisa tipo cadavre exquis. Fica bem, bjs.

j disse...

Foi bom,pois :) Conversas soltas, sem título, como se fosse um post colectivo escrito à mão.