Se não fosse ela não o teria descoberto. Desatenções do passado que estalam como castanhas quentes nas voltas do presente. Mas tem valido a pena recuperar as desatenções e revelar-me o poeta. Um bom encontro. Há bocadinho, estávamos na cozinha a preparar o jantar e eis que chega um convidado pela mão, ou pela voz se preferirem, de Carlos Vaz Marques: Tonino Guerra. E que belo antipasti foi ouvir esta entrevista, feita em 2005 e agora reposta. Tendo em conta a hora, degustá-la talvez seja o termo mais apropriado.
Na minha memória “aprisionei” duas frases, só duas, mas é preciso ler os livros. Ora vejam lá se não são belas. A dada altura o jornalista pergunta-lhe o que é a poesia e ele responde mais ou menos isto “A poesia… é qualquer coisa trazida pelo vento” e, mais adiante a confissão “Eu amo as palavras, as palavras são um continente maior do que as imagens”.
E ele imagina tão bem.
Na minha memória “aprisionei” duas frases, só duas, mas é preciso ler os livros. Ora vejam lá se não são belas. A dada altura o jornalista pergunta-lhe o que é a poesia e ele responde mais ou menos isto “A poesia… é qualquer coisa trazida pelo vento” e, mais adiante a confissão “Eu amo as palavras, as palavras são um continente maior do que as imagens”.
E ele imagina tão bem.
2 comentários:
deixo uma ideia impertinente: deviam os poetas usar a imaginação para actuarem (mais) na sociedade?
A impertinência é saudável, se não for excessiva. Mas já é uma forma de intervenção, devolver a imagem da sociedade pela pena dos poetas. Não lhe parece?
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