domingo, 19 de agosto de 2007

Diálogo (in)sólito: o meu corpo e eu

Ele: Obrigada por esta tarde.
Eu: De nada.
Ele: Que macambúzia que estás, nem quiseste saber porque te agradeci.
Eu: O quê?
Ele: Sim, agradeço-te por me teres trazido um pouco de paz. Ouves-me? Às vezes não consigo agarrar-te.
Eu: Desculpa, tens razão, devia ouvir-te mais vezes
Ele: Gostei das mãos dela. Descansaram-me e abriram-me as portas para fugir um bocadinho de ti. Às vezes não me dás tréguas. Gostei dela. E tu?
Eu: Também gostei, é uma mulher forte
Ele: Tu e as mulheres fortes…, pois eu, achei-a suave mas determinada.
Eu: Concedo. Mas eu diria antes que é telúrica na sua brandura. Assim como a terra que se move sem darmos por ela.

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