segunda-feira, 4 de junho de 2007

Despedida

Às vezes pensava na tua ausência mas imaginava sempre que andavas em viagem usando a casa de poesia amarela e que depois voltarias. Vejo agora que era um desejo mais profundo de partir. Momento a momento a cumplicidade foi grande, acho que por seres um homem cheio de ternura. Só me resta desejar que construas a casa na árvore e que sujes as tuas mãos de azul. E a primeira coisa de todas que te disse na primeira vez que te li e senti vontade imensa de comentar: não deixes de escrever!
~CC~

2 comentários:

j disse...

:) Isso é que é esbanjar simpatia! O desejo de partir mistura-se com o desejo de ficar – ambivalência que, creio, sucede a muita gente sem grandes raízes. As cumplicidades (que são bonitas) acontecem, com “responsabilidades” repartidas pelos cúmplices, não te parece? Sim, vou escrevinhando (e lendo, também). Ler mais e escrever menos, escutar mais e falar menos. Parece-me um bom caminho.

CCF disse...

Oh Jota, simpatia nunca é demais se vem de dentro e esta vem! Cumplicidades são elos quase mágicos com os outros e não sabemos explicá-los mas reconhecemos quando existem, não sentes isso?
Quanto aos caminhos não sei que dizer, talvez apenas que se ler e escutar são agora os teus prazeres maiores, deixa-te ficar a repousar nesses ofícios. E volta a escrever(sempre) que as palavras não aguentarem mais o (teu)silêncio.
~CC~