terça-feira, 3 de abril de 2007

Para quê?

um congresso em montesinho*

depois de três dias de
comunicações e mesas redondas sobre
a conservação do lobo
o capuchinho vermelho pediu
a palavra e disse
tudo muito certo
mas como é que eu levo
o lanche
à minha avó?


Penso e penso na resposta a dar ao capuchinho vermelho...faço umas alíneas:
a)mas não compreendeu como? (é a técnica de devolver a pergunta ao interlocutor, esperando que seja ele a responder, pedido de ajuda implicíto por baixo de alguma arrogância)
b)não é esse o problema aqui em discussão (sublinhar ao interlocutor que deve estar mais atento, que a resposta que procura não está aqui)
c)há que pesquisar mais, tentar ainda saber qual o caminho melhor(reconhecer que ainda não chegámos ao conhecimento que possa reverter para a prática, reconhecer os limites...por mais que custe não há linearidade...)
d)mas nós não estamos aqui para encontrar respostas, andamos à volta das perguntas pelo prazer que elas nos trazem, para construir o conhecimento pelo valor do conhecimento(creio que isto será difícil para o capuchinho, mas tem muito de verdade)
e)...
f)...

~CC~
(isto tudo por causa das perguntas das filhas da companheira cgs e por causa delas... da pergunta da minha).


*José Carlos Barros. In Revista 365, org. de Fernando Alvim e José Luís Peixoto
www.revista365.com

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