A saudade é como uma onda que começa pequena e depois se solta grande na espuma.
Saudades da dança que as meninas inventaram na relva. Saudade de as ver todas juntas a brincar.
É que ganho esperança quando as vejo vencer passo a passo o que as divide e às vezes não é pouco. Ganho esperança por ver como se juntam na criação do riso.
Não tenho a chave da luta contra o ódio de que falas. Às vezes vejo-o em tanto lado e é grande e fundo e tão destrutivo que me interrogo como continuo a viver aqui. Mas depois elas dançam e parece que rasgam na paisagem traços verdes por onde eu consigo caminhar.
A explicação é provavelmente de uma outra complexidade, assim como as respostas que procuramos e por elas é também necessário ir, precisamos falar, discutir, compreender. Mas quando se trata de inventar a esperança, só consigo usar as palavras simples. Dança entre os pinheiros e na força do teu movimento leva também o meu. Precisamos de ser muitos.
~CC~
2 comentários:
...e podemos comer pinhões? às mão-cheias? e deliciar-nos com o sabor da seiva fresca e com o cheiro forte da resina? Então vamos! Espero lá por ti e levo as meninas e o menino.
Todos os meus imensos pinhais à vossa disposição...
Aquele abraço
~CC~
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