sexta-feira, 27 de abril de 2007

Almada

Hoje fui lá. Se já vivi metade da minha vida, foi nesta cidade que vivi a maior parte dela.

1. A Fonte Luminosa - Desci a avenida em direcção a Cacilhas e... a Fonte Luminosa desapareceu. Admito que não era nenhuma obra de arte, mas o olhar estava habituado a ela. Pareceu-me outra cidade. Transfigurou-se a rotunda para deixar passar o "progresso". O Metro da margem sul. Também já não tem árvores, a avenida. Espero que, uma vez findas as obras, as replantem.

2. Almadanada - era o nome de uma livraria com música dentro. Fechou há muito. Talvez por causa da sua alma danada.

3. O Dragoeiro - era centenário e morava na Rua Cdte. António Feio. Há alguns anos subiu ao velho casco da cidade e encontrou um lugar no jardim da Casa da Cerca. Belíssima Casa da Cerca, donde vemos Lisboa no seu maior esplendor. No sítio dele foi construído um prédio modernaço e nem se suspeita do que por ali existia antes.

4. O Central - passo sem entrar. Fico com vertigens sempre que o vejo assim plastificado, desfigurado.

5. A Emídio Navarro - Olho-a e penso na entrevista da Ministra da Educação à revista Visão. Espero que não faça parte do plano de "alienação do património"...

Voltarei com as árvores da avenida, mas não tenho a certeza de não me sentir uma estranha, nesta "nova" cidade.

4 comentários:

João Torres disse...

É sempre bom voltar aos locais que já foram nossos...
Bom domingo.

CCF disse...

Mesmo o que pensamos que já morreu dentro de nós, faz-nos às vezes uma visita...e uma pontinha de nostalgia faz parte do sangue que nos corre.
~CC~

j disse...

Shiii! As saudades que eu tenho do velho Central!... Sabes?, foi dos lugares mais importantes da minha vida...

Anónimo disse...

Pois é amigos meus, nostalgias, regressos a lugares importantes de uma vida. De vocês três só o J o conheceu e eu percebo tão bem as saudades. É que não é só o espaço são as vivências dentro dele e a sua configuração... todas as terras têm um Café Central, mas nunca vi nenhum como este. Abraços aos três