quinta-feira, 8 de março de 2007

Nada de rosas...

Nada de rosas. Só lírios roxos e do campo. Nada de lamúrias nem de gritos, só vozes seguras e consistentes. Vozes amargas, vozes calmas, vozes zangadas, vozes doces, a nossa voz. Uma só bandeira cor de terra para uma luta que ainda faz sentido. Gosto de datas para comemorar, gosto de símbolos e de rituais, mas são hoje excessivos, um bocadinho pirosos(guarda lá a rosa...)e pouco eficazes. Não irei fazer nada nem irei a nada, fico-me pela festa íntima que é a minha liberdade. E festejei há quase 11 anos atrás, colocando o meu apelido como o último apelido da minha filha. Fui eu que a guardei 9 meses cá dentro, que a tive, que a amamentei mais 9 meses...o pai, apesar de exemplar, porque deveria ter esse direito de fazer passar o nome da família em vez de ser eu?
Gosto de mulheres, gosto de homens, gosto de pessoas.
Gosto de ser mulher, gosto imensamente de ser mulher.
~CC~

2 comentários:

Cristina Gomes da Silva disse...

Eu também gosto. Gosto tanto, tanto que prolonguei esse meu gosto até nascerem de mim mais duas. Não têm o meu apelido no fim como a tua, mas lá no fundo, a alma é também a minha porque hei-de ajudá-las a sê-lo de corpo inteiro. A serem orgulhosamente MULHERES.

Anónimo disse...

Parabéns CC,
por duas razões:

-Foi um verdeiro acto de coragem pôr o teu nome em último, e
-Teres um companheiro que o não levasse a mal.

Beijinhos às duas.