segunda-feira, 26 de março de 2007

Le fusil rouillé

Em 1938 nasceu, em Constantina, na Argélia, aquele que viria a ser o cantor preferido de minha mãe. Cresci a ouvir alguns dos seu discos e sobretudo a minha mãe e as minhas irmãs a cantarolar as suas melodias. Como a minha mãe, que também nasceu em 1938, Enrico emigrou para França onde fez carreira. Em 1980 foi nomeado pelo secretário Geral da ONU "Cantor para a paz" e do seu reportório fazem parte canções com títulos tão sugestivos como "Malheur à celui qui blesse un enfant", "Enfants de tous pays" ou ainda "Un berger vient de tomber".
Confesso que, pondo de lado a nostalgia, hoje prefiro Aznavour, Piaf, Brel, Moustaki, Ferré, Régiani ou Becaud, embora nem sempre por esta ordem. No entanto, sempre que posso compro mais um CD do Enrico. Há uns tempos descobri uma canção que não conhecia. E, embora a minha mãe já não esteja entre nós para a ouvir, tenho a certeza que também gostaria desta que, para mim, é um dos melhores poemas que Enrico cantou!





Rien n'est plus beau qu'un fusil rouillé
Qu'un soldat un jour a oublié
Quelque part à l'ombre d'un buisson
Pour courir vers son village et sa maison
Dans ce monde qui bat le tambour
Qui préfère la guerre à l'amour
Rien n'est plus beau qu'un fusil rouillé
Et qui ne servira plus jamais, plus jamais

Sem comentários: