sábado, 22 de setembro de 2007

Muros de Berlim

Discutia-se hoje, num seminário sobre educação matemática, a pertinência de uma determinada medida ser tomada e assumida a nível nacional. No grupo onde estava inserido levantavam-se vozes a favor mas também algumas de colegas que pensavam que a proposta seria demasiado "radical". Então um colega falou da queda do muro de Berlim. Por vezes temos que fazer abanar o sistema, não basta abrir umas portas no muro para deixar as pessoas passar, é preciso deitar abaixo, tomar medidas radicais.
Já ao almoço voltamos a falar dos "muros de Berlim" e o mesmo colega falava dos seus próprios muros e de como, uma bela manhã, acordou e sentiu que, na sua vida profissional, alguma coisa não estava como antes... Não tinha sido uma pequena mudança tinha sido uma autêntica queda de um muro que julgava estável para sempre.

Todos nós temos os nossos próprios muros, concluímos, e todos eles podem um dia vir abaixo.

Curiosamente lembrei-me de uma conferência do professor Roberto Carneiro onde apresentou casos de pessoas que um belo dia resolveram recomeçar de novo. Tinham empregos e vidas estáveis e resolveram largar tudo e recomeçar do zero num outro lugar. Alguns são mesmo casos de sucesso a nível mundial como um americano que resolveu um dia largar o emprego para criar uma empresa e vender livros pela Internet que ele próprio, com a ajuda da mulher, embalavam na garagem. Essa empresa é hoje a amazon.com! Essas pessoas conseguem ser elas próprias a deitar abaixo os seus "muros de Berlim" o que, na maioria dos casos, não deve ser tarefa fácil!

(*) Imagem retirada de http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim

3 comentários:

Anónimo disse...

Os interiores são os mais difíceis de derrubar. Por isso é que se vão construindo os exteriores. Falsa protecção, no entanto. Só enclausuramento. :)

Cristina Gomes da Silva disse...

Há pouco esqueci-me de dizer que de Berlim, do que eu gosto mesmo é das Bolas :)

João Torres disse...

Sim... na praia!