terça-feira, 28 de agosto de 2007

Hanna Arendt

Hanna Arendt. Personalidade rica e contraditória como todas as personalidades ricas. Porque cheias das contradições de que é feita a humanidade.

Gosto de lê-la e de pensar no que escreveu e no que pensou. “Agarrei” duas frases sobre um termo que se tornou quase incontornável nos tempos que correm nas sociedades ocidentais: crise. De valores, das instituições, dos casamentos, das relações pais-filhos, do Estado-Providência, da democracia, das vidas dos indivíduos, de todos nós, da adolescência, da meia idade…enfim, a crise generalizada.

Em 1961, ela escrevia então:

a crise tem sempre como efeito fazer cair máscaras e destruir pressupostos”. Positivo efeito, pois.

E, mais adiante assumia que:

uma crise só se torna desastrosa quando lhe pretendemos responder com ideias feitas, quer dizer, com preconceitos. Esta atitude, não apenas agudiza a crise como faz perder a experiência da realidade e a oportunidade de reflexão que a crise proporciona.”


ARENDT, Hanna, (1961), “A crise na educação”, in Revista de Educação, vol.V n°2, Lisboa, DE/FCUL, 1996, pp.124-134

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