sábado, 7 de julho de 2007

Férias

Quando chega o primeiro dia de Julho começam as férias e as meninas apartam-se de nós. Quinze dias de praia em casa dos avós, depois de um ano de correria urbana.

Todos os dias ao princípio da noite relatam, ao telefone, as suas actividades estivais. É bom ouvi-las felizes por estarem na praia e por estarem com os avós. Eu não tive avós com quem pudesse estar, por isso, fico feliz por elas e com elas.

Quinze dias de quotidiano longe do nosso. À medida que o tempo passa instala-se um difuso sentimento de incompletude. O quarto vazio e arrumado todos os dias, o silêncio à mesa, a ausência de disputas para ver televisão ou por causa de um brinquedo ou de um livro.

Finalmente chega o fim-de-semana e tudo se reequilibra. Que bom estar com elas de novo. Que bom ouvi-las dizer que tiveram saudades. Que bom sentir de novo o seu cheiro e abraçá-las e beijá-las e olhá-las nos olhos num profundo e recíproco reconhecimento. Que bom existirmos assim.

4 comentários:

Mar Arável disse...

Gostei do vosso contacto

CCF disse...

Bom dia...venho de uma terra sem mar! E chego aqui e oiço as ondas mansinhas a bater nos pés das meninas...parece que as estou a ver!
~CC~

João Torres disse...

Se há coisas que me metem confusão é pensar numa casa sem o barulho que eles fazem. Há alturas em que me faz falta desligar tudo e ouvir apenas o mar... Mas, passado pouco tempo, o silêncio torna-se ensurdecedor!
O A. também anda com os amigos e primos há quase 8 dias... Sei que sente saudades mas que gosta de estar com eles e que estas separações lhe fazem muito, muito bem para a construção da sua autonomia!

Cristina Gomes da Silva disse...

Apenas lamento ter começado tarde esta "aventura" aventurada que se faz vida para viver todos os dias. Mas acho que ainda fui a tempo, porque queimei etapas.