terça-feira, 19 de junho de 2007

Guarda-rios e estuários (VII)


Menina Almar que eu fui até as roupas estalarem junto ao meu peito mulher sonhei sempre.
Sonhei com um espantalho de espantar a tristeza dos olhos da minha mãe.
Hoje olho o meu rosto no espelho: é igual ao da minha mãe.
Sonho na mesma com esse espantalho.
~CC~

4 comentários:

João Torres disse...

Não costumavam ser os príncipes espantar as tristezas?
Bom, isto devem ser já as influências do Shrek... Os contos de fadas já não são o que eram...

Cristina Gomes da Silva disse...

É preciso abrir os olhos de espanto e espantar a tristeza :)

Gregório Salvaterra disse...

Também já sonhei com espantalhos. E eles apareciam assim diversos. Uns de espanto com as coisas do mundo como as paixões, e outros de espantar as coisas más como o ódio e a maldade das pessoas. A tristeza não. Essa aprendi a respeitá-la.
Ah. Os meus espantalhos também dançam comigo e eu com eles nos sonhos e, vê lá, nem tocamos com os pés no chão.
*jj*

CCF disse...

:) olhos de luz os vossos...qualquer dia escrevo-os.
~CC~