sábado, 5 de maio de 2007

Pertenças

Pertenço aqui, a estes lugares, a estes cheiros, a estas cores, a estes caminhos. Deambulo em pensamento, deixo que o olhar navegue até horizontes perdidos. Depois recolho-me, preciso de portos de abrigo. Preciso muito. Sou pouco andarilha.

Sentimentos de pertença são poucos. De identidades feitos, de escolhas recíprocas, de encontros e “achamentos”. Sempre procuro o que me une aos outros, o que me aproxima. As diferenças são o que nos torna únicos, as semelhanças o que nos torna um todo, feito de diferentes.
Gosto de correntes invisíveis, de ténues laços de força feitos. E gosto de palavras, sobretudo daquelas às quais pertenço. Minhas são só as dores de me ser e as cores de ser feliz.

E recordo A. O’Neill com quem vos deixo hoje, porque sei, como ele, que Ganhamos juntos o que vamos perdendo separados ("No Reino da Dinamarca").

2 comentários:

j disse...

Todos precisamos de portos de abrigo, não é? :)

Anónimo disse...

Sim, j, cada um à sua maneira. Bom dia de sol. O nosso Tejo hoje está sublime.