segunda-feira, 21 de maio de 2007

Amigos on-line

Chegam-nos por um fio invisível e ficam na nossa vida mesmo que de forma ténue a alimentar cumplicidades em torno do mundo. Já não basta ler o jornal, já não basta ler livros, é preciso ler as suas janelas. Quando fazem anos, temos por eles carinho como se morassem ao nosso lado. Ou será que moram mesmo?
Simples, como o Sebastião era, subindo a serra e dormindo na praia com os pescadores, o poema mais singelo que conheço como homenagem ao dia de nascer. Deixo o poema a um rapaz que conheço de há muito tempo, mesmo que o rosto já se tenha perdido no pó do tempo. E ainda a uma rapariga que nem em sombras consigo desenhar mas que escreve também em linhas com palavras belas.

Pequeno poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...

Somente, esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo se não eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme,
bastava toda a ternura
que olhava nos olhos de minha Mãe...

Sebastião da Gama

~CC~

2 comentários:

JPN disse...

obrigado Carla. No que a mim me toca, Sebastião da Gama foi um dos meus primeiros poetas preferidos. :)

JPN disse...

:)