sexta-feira, 6 de abril de 2007

Impressões

Fios de prata enfeitam o Tejo na manhã do meu café. É num cais de onde partem barcos e gentes e ideias e sonhos e...
Eu fico, ao sol. Gosto de ouvir as outras gentes das mesas próximas. Hoje, um músico de jazz fala dos eus projectos com uma mulher linda que costumo ver na minha rua. Não sei quem é, só que é linda. A ele conheço-o, gosto do que faz. Vejo e escuto e gostava de entrar na história. Gostaria de chegar naturalmente e dizer "Bom dia, gosto de ouvir o que toca e, a si, gosto de a ver. Às vezes quando me cruzo consigo na rua, acho que tem luz dentro." Não faço nada disso, escuto simplesmente, olho simplesmente e penso no que me impede de entrar na história. A razão ou a cultura. Regresso ao meu livro do momento Razão e Cultura de Ernest Gellner .

3 comentários:

j disse...

Boa pergunta, que me leva a outra: será o domínio da "cultura da razão" sobre a "cultura da emoção"?

Cristina Gomes da Silva disse...

Olá j, é seguramente a primeira. Mas relendo Descartes seria a Razão, individualista, burguesa, deliberada, que nos "salvaria" da Cultura, colectiva, massificada e cheia de emoções... Não sei em que pé ficar. Help! e bom fdsemana

João Torres disse...

Razão e Cultura... Olha que par...