No quintal da minha infância morava comigo uma mangueira. Chupar mangas era um acto de consumo onde eu me consumia naquele sumo doce. Nunca mais nenhuma fruta teve aquele sabor, coisa arrancada da árvore e comida no mesmo momento.
Mas gosto muito de cerejas e está quase a chegar o tempo delas. Nós, os que não nos resignamos a uma tristeza sem fim, conseguimos este milagre de beber a esperança, mesmo em coisas pequenas.
~CC~
terça-feira, 17 de abril de 2007
Consumo(IV)
Publicada por CCF às 17:48
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