terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Sem...

Babel não ganhou o óscar esperado. Não vi o outro filme, o premiado, mas é um realizador por quem tenho muito respeito. Suspeito que não é só não ter ganho, é ter perdido. É o que essa perca pode representar, é a suspeita de que são os americanos no seu pior. Li no Público de Sexta Feira passada que os críticos detestaram Babel pela sua mensagem tão obviamente política. Também respeito os críticos, suspeito até que é a melhor profissão do mundoe garanto-vos que isto não é nenhuma crítica. E entendo que o óbvio pode ter um efeito diferente do pretendido. Mas por outro lado, o filme não é um acto condenatório, um veredicto, um julgamento. Pelo contrário, se a força e o poder rimam quase sempre com uma bandeira, essa bandeira nem sempre se agita com e por um só vento. Acho que no entanto não me devo preocupar, afinal o filme ganhou. Sem estatueta mas com o cinema cheio e muitos olhos com água no final, uma comoção na última nota de som, na última imagem. Trocámos olhares cumplices, pois é...os óscares perderam Babel.
~CC~

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