Não sei se viram o programa desta semana dos Gato Fedorento. Quanto me apercebi não falaram, ao contrário da semana anterior, do referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez.
Esta semana, depois de algumas peças, aparecia Ricardo Araújo Pereira representando uma personagem que ria da rábula que tinha terminado, e dizia que, embora discordando do seu conteúdo, se tinha divertido e que não achava nada mal que nos fizessem rir apresentando posições com que discordava, desde que, no próximo programa, apresentassem outra rábula com a visão contrária.
Poucos minutos antes, Marcelo Rebelo de Sousa tinha comentado o brilhante momento de humor de domingo passado elogiando a RTP pela diversidade de perspectivas que nos davam sobre o referendo apresentando ele a sua posição a favor do "Não" e, logo de seguida, os Gato Fedorento com uma posição manifestamente contrária.
Na minha opinião, não podemos comparar um programa de análise com um programa de humor e concordo com o Gregório Salvaterra sobre o destino a dar ao espaço do professor Marcelo. Claro que os Gato Fedorento têm também uma posição. Já vi o Ricardo, num dos espaços de direito de antena, expor, bem a sério, o que pensa. Claro que, no programa da semana passada, a mensagem foi clara e que ouvi na rádio, esta semana, que se Marcelo podia influenciar algumas pessoas os gato, com a sua rábula, influenciariam muitos mais. Mas, penso que a personagem que apareceu esta semana não apareceu por acaso e que também não foi por acaso que, esta semana, não abordaram o tema do referendo. Ou melhor, continuaram a abordar o tema, não falando dele, de um modo muito inteligente e que mostra bem a diferença entre os dois programas e reforça a mensagem da semana passada.
Parabéns Gato Fedorento
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
Gatos e Marcelo....
Publicada por João Torres às 00:08
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3 comentários:
Hey! : ) Leva lá também o original para poderem comparar... eheheh ; )
Assim, Não, pelo próprio Marcelo...
Não vi a emissão de ontem, mas não me espantaria que estivessem a ser alvo de alguma espécie de "censura" dissimulada, mesmo na televisão pública. Resta a esperança na inteligência deles. Parece que o Aristóteles terá dito/escrito que a inteligência é a insolência domesticada. Aos anos que isso foi e ainda funciona tão bem
Um momento excepcional! Obrigada por o trazeres aqui. E ficou ainda melhor com a colagem do boneco real que o Miguel acrescentou.
~CC~
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