Tenho andado arredada destas redes invisíveis. Tecendo outras, de sol e mar e terra e beijos. Tenho andado empenhada em manter-me positiva e tentando dissipar alguma angústia que os balanços de fim de ano e os projectos dos tempos por vir sempre me causam. Cansam-me os floreados em demasia e anseio por um retorno às coisas simples. Ontem fui à Vidigueira, terra de pão, vinho e gente boa. Como sempre visitámos a Dona Ema, a padeira. Sessenta e oito anos e ainda amassa pão para três fornos por dia. Delicioso e generoso, quente ainda a fumegar foi assim que o comemos (saboreámos) sentados num banco, ao sol, na praça ao pé da Câmara. A luz inimitável do Alentejo, mesmo em Janeiro, mesmo com frio. Hoje de retorno à cidade, à modernidade, à net, fui espreitar um blog que descobri aquando da morte dos três jovens jornalistas no Chile, em Novembro passado. Recomendo-vos que o acompanhem, porque vale a pena. O post O meu avô é particularmente tocante e fez-me pensar na Dona Ema...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Já estávamos cheios de saudades de quem andava arredada deste canto da rede que ninguém lê.
Por vezes é bom parar um pouco e saborear o pão quente e as coisas belas e simples da vida!
Bem vinda de volta e um óptimo 2007.
Na 3ªfeira reserva mesa para um cafezinho de manhã.
Bjs
A escrever é que a gente se entende...e a comer pão! Ora, logo eu que ganhei uma coisa de amassar(e amar) pelo Natal...ando a inventar pães com nomes de poetas...vais ver...( e talvez provar).
~CC~
Enviar um comentário