sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Eu, bandeiras e fronteiras

Pois...eu sou a rapariga da bandeira que está entre duas pessoas sérias e bem postas! Não acredito muito em bandeiras e muito menos em fronteiras...pergunto-me aliás quanto vale uma bandeira, quanto vale uma fronteira? O que defendemos, o que limitamos, de quê e de quem nos defendemos? Quanto vale um país? Naquele tempo, em pleno fervor futebolístico, as bandeiras enchiam as mãos e as janelas e os carros e...estas coisas assim primitivas, lugares quase irracionais... fazem-me pensar...como e porquê em tempos que são outros afinal globais, descontextualizados e absurdamente uniformes...
Mas o que me traz aqui é a também a fronteira, a minha própria fronteira, isto é, a que eu tracei...e que desfiz hoje com este "post"...para mim os blogues eram qualquer coisa que eu olhava, via, lia...mas não me pensava dentro deles mas sempre fora deles. Hoje passei uma fronteira, confesso que...com um certo receio!
Não sei se volto...
Mas a companhia é tão boa...
E afinal ninguém lê!
CC

5 comentários:

João Torres disse...

Olá Carla,

Bem vinda!

Claro que voltas! Até porque, como dizes e bem, aqui o risco de alguém ler é quase nulo.

Parabéns por passares mais esta fronteira.

Ps. Se continuares a escrever tão bem não posso garantir, por muito tempo, manter o nome do blogue inalterado!

Bjs
JT

Cristina Gomes da Silva disse...

ninguém lê mas também não é grave, porque vamo-nos lendo uns aos outros, aos três à vez. Será que assim temos mais tempo para "conversarmos" e para nos "desnudarmos"? Será que pela escrita temos a ambição de chegarmos mais longe? É que eu também não me via, há uns tempos atrás, a ter um blog, embora já tenha comentado alguns. Agora é diferente, é como se todos os dias eu tivesse de comunicar, de me partilhar convosco. Que estranho! Mas não se assutem, a estranheza não é forçosamente desagradável. Há um outro poeta, uruguaio, chamado Mario Benedetti, sem cujos poemas eu seria seguramente mais pobre. Por isso, por gostar de partilhar, aqui vos deixo, companheiros, um pedacinho de palavras para vos aguçar o desejo de o conhecerem melhor (ao poeta claro) e para vos dizer o não sai em português: "Compañera, usted sabe que puede contar conmigo, no hasta dos ni hasta diez, sino contar comigo (...)Pero hagamos un trato: yo quisiera contar con usted, es tan lindo saber que usted existe, uno se siente vivo; y cuando digo esto quiero decir contar aunque sea hasta dos, aunque sea hasta cinco(...)"

Gregorio Salvaterra disse...

Confesso que não li.
Mas vou fazer de conta. E entrar também nas contas desse uruguaio e viver a descoberta de rasgar fronteiras e semear bandeiras às cores pelos dias fora.
Ainda bem que ninguém lê isto, também. Ainda ficavam a saber das fronteiras de que me descoso e a quem me vou abrindo serenamente.
Bem vinda à blogolândia.

Beijut

Cristina Gomes da Silva disse...

Olá Gregório Salvaterra, mas para quem conta gaivotas bem poderia ser Salvamar... Posso dar uma ajudinha para a "descoberta" do Uruguaio, ou será "achamento"? Aqui vai: www.cervantesvirtual.com, depois é só procurar por autor

Boas contas
Cristina GS

CCF disse...

Salvaterra e Salv(a)mar, que sejas bem vindo...mas não leias mesmo, vê só as figuras.
Vou contar as gaivotas e outras coisas mais que são tuas.
Beijos
CCF