segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Pinochet morreu!

Mais um ditador que morreu. Mas este (como alguns outros) não chegou a expiar as mortes que provocou, não chegou a ser julgado. Baltazar Garzón, crente na justiça dos homens ainda tentou. Sem êxito. Rebusquei algumas palavras que nos fizessem recordar a crueldade, o autoritarismo, a violência sobre quem pensa diferente e encontrei estas de Sílvio Rodriguez

América, te hablo de Ernesto
Con una mano larga
para tocar las estrellas
y una presión de dios en la huella,
pasó por tu cintura,
por tu revés y derecho
el curador de hombres estrechos.
Preparando el milagro
de caminar sobre el agua
y el resto de los sueños
de las dolencias del alma,
vino a rajar la noche
un emisario del alba.
Y con voz tan perfecta
que no necesita oído
hizo un cantar que suena a estampido.
En todos los idiomas el emisario
va a verte:en todos los idiomas
hay muerte.
Aunque lo entierren hondo,
aunque le cambien la cara,
aunque hablen de esperanza
y brille la mascarada,
llegará su fantasma
bien retratado en las balas.
Sílvio Rodriguez

4 comentários:

CCF disse...

Uma morte que não nos desperta lágrimas, pelo contrário há quase um suspiro de "finalmente" que contemos por termos aprendido que não é correcto fazê-lo. Mas não há ditadores sós. E também tenho dúvidas se há homens completamente maus, este deve também ter alguns poucos que o choram por terem conhecido alguma coisa dele que nós nunca conhecemos. De resto, não foi julgado...ele e tantos outros. Os que cantam pela diferença, esses é que são eternos.

CC

Anónimo disse...

Há homens que cometem erros, outra há que são, eles próprios, um erro.

Mas eu não li nada...

Cristina Gomes da Silva disse...

Obrigada pelo comentário. Essas outras notas também são bem lísíveis.

Anónimo disse...

Se calhar a família porque a isso era obrigada.
Claro que para a direita do seu país foi um deus.
Se calhar é por isso que me não dou com deus.